Projeto contou com o apoio de senadores democratas, que consideraram a paralisação uma opção pior que o texto aprovado.
O prazo para a votação se encerrava no fim desta sexta-feira (14).
EUA: dois juízes determinaram a readmissão de funcionários públicos O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta sexta-feira (14) um projeto de lei de gastos emergenciais, evitando uma paralisação parcial do governo.
A votação aconteceu a poucas horas do fim do prazo estipulado para o início da paralisação, conhecida no país como "shutdown". ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Para que o projeto avançasse na Casa, eram necessários os apoios de pelo menos 60 senadores.
Apesar de o Partido Republicano, do presidente Donald Trump, ter a maioria no Senado com 53 cadeiras, era preciso convencer alguns democratas. No início da votação, 10 democratas decidiram apoiar o projeto, permitindo que o texto avançasse para a votação final.
Na segunda etapa, que exigia apenas uma maioria simples, a proposta foi aprovada por 54 votos a 46. A Câmara, também controlada pelos republicanos, aprovou o projeto no início desta semana, mantendo os gastos praticamente estáveis em cerca de US$ 6,75 trilhões para o ano fiscal que termina em 30 de setembro. Os democratas expressaram indignação com a proposta, que reduziria os gastos em aproximadamente US$ 7 bilhões.
O líder da minoria no Senado, o democrata Chuck Schumer, afirmou que iria apoiar o projeto em vez para evitar uma paralisação do governo.
Segundo ele, o texto era ruim, mas um shutdown seria "uma opção muito pior". "Uma paralisação daria a Donald Trump e Elon Musk carta branca para destruir serviços governamentais essenciais a uma velocidade significativamente maior do que agora", disse o senador. Agora, o texto segue para a sanção do presidente Trump.
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O vice-presidente JD Vance e o presidente da Câmara, Mike Johnson (R-LA), aplaudem atrás dele. Win McNamee/Pool via REUTERS Depois de superar a batalha sobre a paralisação, os republicanos no Congresso concentrarão os esforços em um plano para prorrogar e expandir os cortes de impostos feitos ainda durante o primeiro mandato de Trump, em 2017.
Além disso, os republicanos pretendem aumentar o financiamento para a segurança de fronteiras e reduzir gastos em outras áreas.
Segundo os democratas, alguns cortes podem colocar em risco o programa de saúde Medicaid para americanos de baixa renda. O Congresso também precisa agir para elevar o teto da dívida autoinstituído, ou corre o risco de desencadear um calote catastrófico sobre a dívida federal, que já ultrapassa US$ 36,6 trilhões. Essa medida, que os republicanos planejam aprovar por meio de uma manobra para driblar a oposição democrata, poderia adicionar entre US$ 5 trilhões e US$ 11 trilhões à dívida, de acordo com analistas orçamentários não partidários. VÍDEOS: mais assistidos do g1