Hoje, aposentados por problema de saúde grave ou acidente que recebem mais de R$ 20 mil são isentos de Imposto de Renda.
O pacote anunciado pelo governo nesta quinta-feira (28) para cortar gastos públicos inclui mudanças nas regras do Imposto de Renda para informações de saúde. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a regra que torna isentas pessoas com doenças graves será restrita apenas a quem ganha até R$ 20 mil por mês. Quem tem rendimentos acima disso poderá declarar seus gastos de saúde e abater o imposto a ser pago – mas não teria mais direito à isenção completa. Ainda de acordo com Haddad, a proposta não mexe nessa parte das deduções.
Governo propõe limitar isenções do Imposto de Renda por razão de saúde Atualmente, quem faz a declaração completa do IR pode deduzir gastos com saúde e educação – ou seja, detalhar essas despesas para pagar menos imposto.
A regra seguiria valendo. "Hoje, uma pessoa que, independente da faixa de renda, que tenha aposentadoria e provento por moléstia grave está isento do imposto de renda.
O que estamos dizendo é o seguinte: quem ganhar até R$ 20 mil segue isento, com moléstia grave; quem ganhar mais de R$ 20 mil não vai estar mais isento, mas vai poder seguir fazendo [dedução]", declarou o secretário executivo da Fazenda, Dario Durigan. Ou seja, as regras de dedução de despesas com saúde não mudaram.
O que muda é que pessoas aposentadas por moléstia grave ou acidente que ganham acima de R$ 20 mil terão que deduzir seus gastos.
Antes, elas não faziam isso porque tinham isenção. ❗ As mudanças anunciadas pelo governo federal ainda serão enviadas ao Congresso Nacional e precisam ser aprovadas para entrar em vigor. O governo também pretende mudar as regras para declaração de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.
As pessoas nessa faixa de renda vão ter isenção de IR.
Já quem ganha até R$ 7,5 mil terá alíquota reduzida.
"Nosso previsão que isso aconteça a partir de 2026, com um aproveitamento do beneficio para quem ganha até R$ 7,5 mil para que a gente não tenha uma quebra abruta para que, quem ganha R$ 5,1 mil não volte a pagar muito rapidamente muito mais Imposto de Renda do que quem ganha R$ 4,9 mil", disse Durigan. O secretário disse ainda que quem recebe mais de R$ 7,5 mil terá isenção de imposto nos dois primeiros salários mínimos — conforme as regras atuais. Segundo o governo, todas as mudanças no Imposto de Renda só entram em vigor a partir de 1º de janeiro de 2026.
Ou seja, nada muda na declaração de imposto a ser preenchida no ano que vem.