Objetivo do partido do deputado e do ex-presidente Jair Bolsonaro é usar a comissão como palanque para fustigar Moraes e o governo do presidente Lula.
Pedido do PT ao STF para apreender o passaporte de Eduardo Bolsonaro fez o partido turbinar os planos.
deputado Eduardo Bolsonaro (PL-RJ) Pablo Valadares/Câmara dos Deputados O Partido Liberal (PL) tem como foco absoluto colocar o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-RJ) para presidir a Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados.
Segundo fontes próximas do assunto, o motivo é o pedido do Partido dos Trabalhadores (PT) ao Supremo Tribunal Federal (STF) de apreensão do passaporte do deputado e de investigação por suposto atentado à soberania nacional.
O ministro do STF Alexandre de Moraes pediu posicionamento sobre o assunto à Procuradoria-geral da República (PGR), mas ainda não houve resposta até a última atualização deste post.
O plano do PL era pedir a comissão, mas não ser necessariamente a primeira pedida.
Agora, sim. O PL tem como estratégia usar essa comissão como palanque para fustigar Moraes e o governo do presidente Lula (PT).
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou a publicar mensagem no X alegando que a possível apreensão do passaporte do seu filho tem como objetivo impedi-lo de assumir a comissão que analisará acordos entre Brasil e China assinados na cúpula do G20, que ocorreu no Rio de Janeiro em novembro do ano passado.
Para fontes dentro do partido, esses acordos assinados entre Brasil e China são do interesse do governo Lula.
Como eles passam pela Comissão de Relações Exteriores, o governo não quer Eduardo Bolsonaro na presidência.
Contudo, a avaliação é que essa possibilidade de retenção do passaporte pode fazer aumentar a exposição de Moraes na comissão, que é justamente o que o PL quer fazer. Por ter a bancada com o maior número de deputados, o PL tem direito às duas primeiras escolhas para presidir comissões.
Uma dessas escolhas seria Eduardo Bolsonaro na Comissão de Relações Exteriores.
Há possibilidade de o partido buscar também a presidência da Comissão de Saúde da Câmara e também da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), segundo fontes.
A decisão do PL sobre o tema deve ser oficializada até a próxima quinta-feira (13). PT só aceitará Eduardo sem passaporte O deputado federal e líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, afirma que o PT não aceitará Eduardo Bolsonaro no comando da CREDN (Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados do Brasil). Ele afirma que o objetivo é impedir que Eduardo use a comissão para "utilizar um governo estrangeiro contra os interesses nacionais e contra o STF". “Nós fizemos esse movimento mesmo [de pedir a apreensão do passaporte de Eduardo] para evitá-lo na CREDN.
Aceitamos qualquer nome, menos o dele.
O dele só se for sem passaporte”, disse. Em linhas gerais, a única forma de Eduardo Bolsonaro ser aceito pelo PT na presidência da comissão é se ele estiver sem passaporte, segundo Lindbergh. Manifestações marcam os 50 anos do Dia Internacional da Mulher