Permanência na área acadêmica e conciliação com a maternidade são alguns dos desafios enfrentados por elas.
Grupo de mulheres se une no Sul de SC para fazer a diferença na pesquisa Apesar de serem maioria nas universidades, os espaços que as mulheres ocupam na ciência ainda é pequeno.
Em Araranguá, no Sul de Santa Catarina, um grupo feminino se uniu para fazer a diferença na área da pesquisa acadêmica. ✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp As pesquisadoras atuam na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Elas se esforçam e se dedicam, mas encontram pelo caminho algumas desigualdades relacionadas ao fato de serem mulheres.
Grupo de mulheres se une para fazer a diferença na pesquisa em Araranguá Reprodução/NSC TV Maternidade Conciliar a maternidade com a pesquisa no Brasil não é uma tarefa fácil, conforme a professora universitária e pesquisadora Núbia Carelli de Aguiar. "A gente tem algumas métricas que têm que ser atendidas, como quantidade de publicação, quantidade de citações nessas publicações...
Quando a gente coloca a licença-maternidade, a gente se afasta para os cuidados com o bebê.
Então a gente realmente precisa desses seis meses para tentar se adaptar a uma nova rotina", resumiu. Heloyse Kuriki também é professora universitária e pesquisadora e contou com uma rede de apoio para conciliar a nova fase de ser mãe com a carreira.
"Eu tive apoio dos meus colegas de profissão, dos meus colegas de laboratório.
A gente fala assim que, dentro da academia, a gente precisa de união e parceria também, para a gente conseguir manter a métrica acadêmica", disse. Participação feminina na academia Outra dificuldade enfrentada pelas mulheres é de alcançar patamares acadêmicos mais superiores.
"A gente tem o que se chama efeito tesoura.
Uma grande proporção de mulheres na graduação, dependendo de cada curso, obviamente, falando da área de saúde, que é a minha área.
E, à medida que vai progredindo a carreira, a gente tem uma redução acentuada do número de mulheres", explicou a professora Danielle Soares Rocha Vieira. Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a porcentagem média global de pesquisadoras é de 33,3%, e apenas 35% de todos os estudantes das áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática são mulheres.
Marina Carradore Sérgio é uma dessas representantes.
Ela é a professora mais jovem do curso de tecnologia da informação e comunicação no campus da UFSC de Araranguá.
"Eu sempre busquei área de pesquisa, ciência.
Sempre foi meu objetivo me tornar professora.
Muito jovem, eu já tinha essa inspiração.
Quando eu olhava, a maioria dos meus professores eram homens e um dia, questionado o que eu gostaria de fazer, eu respondi ao professor: 'Eu gostaria de ser sua colega de profissão'", contou . Atualmente ela é docente efetiva na área linguística.
"Eu sou a professora que tenta inspirar outras mulheres a também se tornarem professoras ou seguirem na área de pesquisa desenvolvendo a ciência como um todo em um país que ainda precisamos trabalhar muito, principalmente na área de tecnologia", declarou.
Para incentivar cada vez mais a presença feminina na pesquisa e em todas essas áreas onde as mulheres ainda são minoria, o Labtec, que é um laboratório dos alunos de engenharia de computação da UFSC, vai até as escolas. "Porque, muitas vezes, o que falta para as meninas na área da tecnologia é elas conseguirem se enxergar dentro do segmento.
Quando a gente faz esses projetos ou a montagem de eletrônica, elas conseguem abrir os olhos para uma coisa que elas às vezes sequer sabiam que existia", explicou a bolsista do Labtec Yasmin Tezza Baldini. Laboratório da UFSC faz ação em escolas para incentivar presença feminina nas pesquisas Reprodução/NSC TV ✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp VÍDEOS: mais assistidos do g1 SC nos últimos 7 dias