Encontro havia sido marcado após determinação da Justiça.
Na reunião, empresa deveria detalhar cumprimento do plano de recuperação judicial e a atual situação financeira da Avibras.
Avibras - Jacareí Claudio Vieira/Sindicato dos Metalúrgicos Foi suspensa no início da tarde desta terça-feira (11) a assembleia virtual da Avibras com credores sobre o plano de recuperação judicial da empresa.
O encontro, que chegou a ser iniciado, foi suspenso por falta de quórum mínimo para a realização da assembleia.
Não houve público suficiente no grupo de microempresas credoras.
Uma segunda tentativa será realizada na próxima semana, no dia 18 de março.
✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp A assembleia havia sido marcada após uma determinação da Justiça, que atendeu a um pedido feito pela Brasil Crédito, uma das credoras da Avibras.
Na reunião, a empresa deveria detalhar cumprimento do plano de recuperação judicial e a atual situação financeira da companhia.
A Justiça havia determinado que a empresa usasse o encontro para esclarecer pontos como as providências adotadas para o cumprimento do plano de recuperação; o projeto de negócios a ser implantado para retomar as atividades; e os meios viáveis para buscar o erguimento da empresa. Avibras Reprodução/TV Vanguarda Penhora de ações No fim de fevereiro, a Justiça determinou a penhora das ações da Avibras que estão em nome da empresa Rocket Bridge.
A decisão é da 37ª Vara Cível de São Paulo. A empresa Rocket Bridge tem como dono João Brasil Carvalho Leite, que também é diretor-presidente da Avibras.
João Brasil tinha 94% das ações da Avibras, mas, no ano passado, ele transferiu essas ações para a Rocket Bridge. A decisão da 37ª Vara Cível da capital foi tomada a pedido do "Fundo de Investimentos Brasil Crédito", que cobra uma dívida de R$ 187 milhões de João Brasil. A Avibras, que é controlada pela Rock Bridget, informou que vai recorrer da decisão que penhorou as ações e que a medida não compromete o processo de entrada de um investidor. Negociação de venda No início de dezembro do ano passado, o investidor brasileiro que negociava a compra da Avibras informou que desistiu do negócio.
A decisão foi comunicada por meio de uma carta. No documento, o grupo de investidores informou que “não foram cumpridas as condições precedentes consideradas como essenciais ao fechamento do negócio dentro do prazo estabelecido em contrato”. Na ocasião, a Avibras informou que a conclusão do negócio dependia de vários fatores e do cumprimento de uma série de condicionantes estabelecidas no contrato - como nem todas as condicionantes foram cumpridas nesse período, o investidor decidiu desistir da compra. Antes da desistência do negócio, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos havia definido que os trabalhadores da Avibras só iriam votar a proposta apresentada pelos investidores após a conclusão da compra da companhia pelo investidor.
No fim de janeiro, a Avibras anunciou novas negociações para venda da indústria a uma empresa saudita.
Segundo o comunicado, as tratativas eram 'avançadas' com a empresa Black Storm Military Industries. Investidor desiste da compra da Avibras Crise da Avibras Confira a linha do tempo da crise e da situação da Avibras: março de 2022: a Avibras pediu recuperação judicial alegando uma dívida de R$ 600 milhões setembro de 2022: os trabalhadores entraram em greve por causa dos atrasos nos salários julho de 2023: o plano de recuperação judicial foi aprovado abril de 2024: a Avibras anunciou que negociava a venda para a empresa australiana Defendtex junho de 2024: a Defendtex desistiu da compra junho de 2024: o Ministério da Defesa informou que a Avibras havia recebido nova proposta, desta vez de um possível investidor chinês outubro de 2024: a Avibras afirmou que negociava com um investidor brasileiro dezembro de 2024: o investidor brasileiro desistiu do negócio Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, a dívida adquirida pela Avibras durante o período de recuperação judicial - de 2022 para cá - é de mais de R$ 320 milhões. Quando o processo de recuperação começou, a empresa de Jacareí tinha cerca de 1,4 mil funcionários.
Atualmente, são 919 funcionários, que estão em greve desde setembro de 2022. A Avibras A Avibras Aeroespacial é a maior indústria bélica do país e foi fundada em 1961 por engenheiros do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), de São José dos Campos.
Ela é uma das primeiras empresas nacionais a atender o setor aeroespacial. A empresa desenvolve tecnologia para as áreas de Defesa e Civil.
A organização foi uma das primeiras no Brasil a construir aeronaves, desenvolver e fabricar veículos espaciais para fins civis e militares. Presente no mercado nacional e internacional, a empresa tem sede em Jacareí, no interior de São Paulo, e desenvolve motores de foguetes para as forças armadas, entre outras coisas. Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina